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A mitologia e as estações do ano

'A melhor maneira de manter a palavra é nunca dá-la.' Napoleão Bonaparte

09/01/2019 18:34

Dad Squarisi

Perséfone encantava a todos por sua alegria e beleza. Era filha de Zeus, o deus dos deuses, e de Deméter, a deusa da agricultura. Um dia, ela veio à Terra dar uma voltinha. Hades, o senhor dos mortos, a viu. Apaixonou-se na hora. Então, sem mais nem menos, o chão se abriu e engoliu a garota. Antes de desaparecer, ela soltou um grito desesperado. A mãe ouviu.


Deméter procurou a filha durante nove dias e nove noites. Não a encontrou. Inconformada, consultou Hélio, o sol, que tudo vê. Ele sentiu pena da mãe. Falou-lhe do rapto. Ela se indignou. Disse que não voltaria ao Olimpo sem a filha. A deusa da agricultura deixou de cumprir os deveres. Faltou comida. Os homens passaram fome. Hermes, mensageiro de Zeus, prometeu trazer Perséfone de volta. Com uma condição: que ela não tivesse provado alimento dos mortos.

A moça voltou. Mas ficou pouco tempo. Ela havia comido três sementes de romã. Hades a levou de volta. Zeus, então, arranjou uma saída. Todos os anos, Perséfone fica com a mãe durante nove meses. A Terra festeja com a primavera, o verão e o outono. Nos outros três, fica com o marido. Nesse período, a Terra se cobre de gelo. Os grãos não crescem. É o inverno.

A onda pega

Tsunami matou mais de 200 pessoas na Indonésia. É possível que o número cresça. A imprensa dá a notícia, mas uns e outros tropeçam no gênero. Esquecem-se de pormenor pra lá de importante. A grande onda que destrói territórios e rouba vidas é masculina sim, senhores: O tsunami não poupa adultos nem crianças.

Cadê Queiroz?

Fabrício Queiroz ia depor na quarta. Faltou. O depoimento foi remarcado para sexta. Nova falta.  O Ministério Público do Rio não desistiu. Convidou Flávio Bolsonaro, ex-chefe do duas vezes ausente motorista, para explicar as movimentações atípicas descobertas pela Operação Furna da Onça. O fato, claro, virou notícia. E trouxe ao cartaz o verbo depor. Guarde isto: o dissílabo exige a preposição em: Fabrício ia depor no Ministério Público. O acusado depôs na PF. Quem vai depor na CPI?

Só rindo

Deu a louca no Supremo? Parece. Primeiro foi a canetada do ministro Marco Aurélio. Depois, do ministro Lewandowski. Ambos tomaram decisão solitária. O primeiro mexeu com a bandidagem. O segundo, com o reajuste dos servidores, que aumenta a dívida do Estado. E daí? Melhor rir pra não chorar. E, pra não tropeçar na língua, vale dar uma olhadinha no verbo que espanta tristezas. A alegre criatura se conjuga em todas as pessoas, tempos e modos: rio, ris, ri, rimos, rides, riem; ri, riu, rimos, riram; ria, ria, ríamos, riam; rirei, rirá, riremos, rirão; riria, riria, riríamos, ririam; que eu ria, ria, ríamos, riam; se eu rir, rir, rirmos, rirem; risse, risse, ríssemos, rissem; rindo; rido.

Sanção e Sanção

A pronúncia é a mesma. Mas os significados não se conhecem nem de elevador:

Sanção = aprovação. Para tornar-se lei, o projeto precisa da sanção do presidente. O presidente sanciona a lei. O contrário? É vetar. Se o Congresso quiser, derruba o veto.

Sansão = personagem bíblico cuja força residia nos cabelos. Era casado com Dalila.

Leitor pergunta

Pode explicar a diferença entre emigrar, imigrar e migrar?
Sandra Forte, Santos

Emigrar = sair do país: Milhares de venezuelanos emigram para os países vizinhos. Oito milhões de libaneses emigraram para a América.

Imigrar = entrar no país: Na América, a Colômbia abriga o maior número de imigrantes venezuelanos. Seis milhões de libaneses imigraram para o Brasil.

Migrar = movimentar-se:  Durante o período de seca, nordestinos migram para o Sudeste.