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Com poucos editais, inscrições para alguns concursos batem recorde

Concurseiros estão de olho, principalmente, nas seleções para o INSS, Caixa e Correios

22/08/2016 07:11 | Atualização: 22/08/2016 07:17

Henrick Menezes - Especial para o CB

Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press - 13/12/14
Com a escassez de editais, muitas pessoas que estudam para concursos específicos foram obrigadas a optar pelas poucas provas que serão realizadas até o fim do ano. Um exemplo disso é o recorde de 1.087.804 inscritos para o certame do INSS. Além dele, as seleções para a Caixa Econômica Federal e para os Correios devem ser bastante concorridos.

A estudante Marina Almeida, 22 anos, está entre os concurseiros que estudam para certames específicos que estavam previstos para este ano, mas até o momento não foram liberados. Ela se prepara há dois anos para ingressar no serviço público e sonha em ocupar uma vaga no Senado. Porém, com as incertezas sobre a publicação do edital e os altos custos com as aulas preparatórias, Marina fará as provas já confirmadas. “Nós temos que nos adaptar aos tempos de crise e instabilidade que barram a liberação de novos editais. Eu sempre fui bem focada no meu objetivo e luto para alcançá-lo, mas, enquanto a oportunidade não vem, eu miro em outras oportunidades”, diz.

O professor Clayton Natal, do IMP Concursos, explica que, nesta época, é difícil manter o foco apenas em um único certame. “É aconselhável não desistir de estudar e se dedicar ao máximo para ser aprovado no concurso dos sonhos. Mas, enquanto o edital não sai, é bom o candidato ir se familiarizando com o conteúdo e se inscrevendo em outros concursos, principalmente aqueles que têm matérias semelhantes ao edital visado. Isso ajuda o aluno a preparar mais a mente para encarar a avaliação”, aconselha.

Mesmo que o momento não seja favorável para os concurseiros, esmorecer nos estudos está longe do caminho ideal. Para o professor Ivan Lucas, também do IMP concursos, o governo precisará repor as vagas que foram abertas com a aposentadoria de servidores para que o trabalho realizado não seja prejudicado. “Os cargos que ficam vagos por questões de aposentadoria, ou falecimento, ou outras razões, geram grande vacância. Em função disso, existe a necessidade mínima de reposição”, explicou.

Amigos
Diante da falta de oportunidades, muitos concurseiros têm cortado gastos com aulas preparatórias, mas continuam se preparando em casa ou em grupo com amigos. É o caso da estudante de administração Emile Sodré, 24 anos, que ficou desempregada e não teve como arcar com os custos das aulas. “Estou à procura de um emprego há seis meses e infelizmente tive que sair do cursinho. O momento atual dificulta a vida de quem precisa de emprego. Mas não perco tempo. Enquanto não arrumo uma vaga, reviso as matérias em casa, para não ficar desatualizada”, assegura.

Para quem não tem condições de arcar com os custos de um cursinho preparatório, Natal aconselha procurar se inscrever em plataformas de estudos on-line para não deixar de estudar. Ele comenta que fazer essa opção pode implicar em prejuízo no momento em que a economia permitir que o governo volte a contratar. “Ninguém está a salvo de situações de instabilidade financeira. O mais recomendado é pesquisar por cursinhos que disponham de uma interface de estudos on-line, em que o custo é menor, quando comparado ao curso presencial tradicional. Porém estudar on-line requer muito mais disciplina e organização do aluno. O que não pode ocorrer é a pessoa deixar os livros, porque ficará desatualizada”, aponta.