Concurso, Portal Uai, Belo Horizonte, MG

publicidade

Estudar matérias não convencionais pode ajudar o candidato a garantir pontos no STJ

Especialistas dão dicas de como se preparar para conteúdos de noções de sustentabilidade e direito das pessoas com deficiência, ambas cobradas no edital que oferece vagas de ensino médio e superior

02/03/2018 16:14 | Atualização: 02/03/2018 16:16

Mariana Fernandes

Breno Fortes/CB/D.A Press
Os candidatos ao concurso do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão em reta final de estudos. Há pouco mais de um mês para o dia das provas, que será em 8 de abril, toda dica para garantir maior pontuação é bem-vinda. Serão oferecidas cinco oportunidades de ocupação imediata, alem de formação de cadastro reserva. Os salários  vão de R$ 6.708,53 a R$ 11.006,82 para candidatos com níveis médio e superior, respectivamente.
 
Para otimizar o máximo de pontos possíveis, Aragonê Fernandes, professor do Grancursos Online, destaca a importância das matérias de conhecimentos básicos nas provas, em especial algumas não convencionais, como noções de sustentabilidade e direito de pessoas com deficiência, que serão cobradas no STJ. "Ponto a ponto é necessário para uma aprovação. Muitas vezes o aluno se omite no estudo dessas disciplinas mais curtas e não se dá conta de que o custo benefício delas é bem melhor do que estudar outras disciplinas grandes, como português", explica.
 
Para ele, vale a pena investir tempo de estudo nestes conteúdo. "Em pouquíssimo tempo você os aprende e garante pontos importantes para a aprovação".

Direito das pessoas com deficiência

 
Ismael Noronha, professor de legislações específicas como direito das pessoas com deficiência, no IMP Concursos,  explica que a partir de 2016, quando a resolução 230 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi publicada, começou a ser obrigatório que todos os concursos do Judiciário cobrem alguma matéria relacionada a direito de pessoas com deficiência. 

Segundo ele, cada concurso pode escolher uma legislação específica sobre o assunto, já que são várias leis que tratam o tema. A principal é o estatuto da pessoa com deficiência e a resolução 230, que é cobrada em quase todos os concursos, inclusive no STJ. O professor acredita que no STJ caírão cinco questões de direito das pessoas com deficiência.
 
Arquivo Pessoal
Por ser obrigatoriamente cobrado em todos os concursos do Judiciário, seja federal ou estadual, é que o candidato deve ficar atento. “Além de garantir pontos para chegar até a aprovação, você já garante esse conhecimento, que servirá para outros concursos importantes. Quem se dedicar bastante, será recompensado”, diz.
 
Para se preparar, é importante ler muito a legislação. “A maioria das provas cobra o conteúdo de forma literal. Fazer e refazer exercícios também auxilia na fixação do conteúdo. A matéria é simples, porém exige concentração. Tem que estudar várias vezes”. Apesar de o conteúdo de fato mencionado no edital ser pequeno, Noronha enfatiza que é cobrado a lei inteira, ou seja mais de 100 artigos e a resolução tem mais de 30 artigos.
 
Como se trata de uma legislação grande, quem nunca estudou tem que ler com muita atenção e verificar os pontos básicos, de preferência com um especialista. “Começar do zero e sozinho pode ser complicado, é uma lei que traz muitas novidades do direito civil e pode trazer certas dúvidas. Com ajuda é possível analisar melhor a legislação e ganhar tempo para estudar pra este conteúdo, tão específico", conta.


Noções de sustentabilidade

Noções de sustentabilidade é outro tema que merece atenção. Segundo o professor Reginaldo Veras, que ministra o conteúdo no IMP Concursos, é uma disciplina cobrada há décadas em provas de atualidades, sendo questão quase obrigatória, inclusive como tema freqüente de redação. 

Mais recentemente, passou a ser cobrada numa visão mais jurídica em virtude de legislações que incentivam ou obrigam a Administração Pública Federal e o Judiciário a adotarem práticas sustentáveis nas licitações, obras e práticas cotidianas. "A cobrança disso em edital é importante para que o servidor tenha a noção de que é preciso criar uma nova cultura no serviço publico. Um paradigma que compatibilize uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos, sem perda de eficiência, com a preservação ambiental e desenvolvimento social”, explica.
 
Para o STJ, ele lembra que, apesar de o edital cobrar um conteúdo não tão pequeno sobre o assunto, ele é de fácil assimilação e cerca de cinco questões devem aparecer na prova objetiva.  “De qualquer forma, ainda dá tempo de se preparar lendo as leis e fazendo questões de provas anteriores. Outra dica é buscar vídeos na Internet que falem sobre o tema”.

O concurso

O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe)é o organizador do certame que conta com chances são para técnicos e analistas judiciários com lotação em Brasília. São oferecidas cinco oportunidades de ocupação imediata e formação de cadastro reserva. Os salários  vão de R$ 6.708,53 a R$ 11.006,82 para candidatos com níveis médio e superior, respectivamente. Clique aqui e confira o edital completo.

Leia mais: Número de vagas do STJ não deve ser uma preocupação, aconselha especialista
 
Quem tem nível superior pode concorrer às áreas administrativa (para candidatos formados em qualquer curso), judiciária (para formados em direito), biblioteconomia, fisioterapia, odontologia (para especializados em odontopediatria e periodontia), psicologia e para o cargo de oficial de justiça avaliador federal (também destinados a formados em direito). Já quem tem nível médio dispõe para escolha as áreas administrativa, de desenvolvimento de sistemas, enfermagem, suporte técnico e telecomunicações e de eletricidade.
 
Serão aplicadas provas objetivas e discursivas para todos os postos em 8 de abril.